Refletir sobre a infância, questionar o currículo e repensar o papel da escola: esse foi o fio condutor do segundo módulo do curso promovido pelo GT Mulheres do Sindiedutec. A formação, voltada especialmente para servidoras do Instituto Federal do Paraná (IFPR), reuniu participantes de diferentes campi em um encontro online para discutir os cruzamentos entre feminismo, educação e práticas pedagógicas.
Desta vez, os debates se concentraram em duas frentes: como crianças constroem suas visões sobre gênero e sexualidade, e quais são os desafios para integrar uma perspectiva feminista ao ensino na educação profissional e tecnológica.
A pesquisadora Geisa Orlandini C. Garrido, com trajetória voltada às infâncias e à diversidade, conduziu reflexões sobre a escuta qualificada das crianças. Segundo ela, reconhecer o que as crianças percebem e expressam sobre gênero é essencial para construir uma escola ética, democrática e antidiscriminatória.
Na sequência, Lisandra Nadal, diretora de assuntos da carreira TAE do Sindiedutec, compartilhou experiências sobre o enfrentamento das desigualdades de gênero dentro dos currículos escolares. Atuante em projetos de extensão e biblioterapia, Lisandra destacou como o currículo integrado pode (ou não) acolher pautas feministas, dependendo do envolvimento das educadoras e da abertura institucional.
O curso Feminismos na luta sindical segue com novos encontros ao longo do ano, sendo um espaço de formação política e troca entre mulheres que atuam no serviço público e acreditam na transformação coletiva.