I Encontro Geral NSB: O Sindiedutec por um Sindicalismo Democrático

A realização do I Encontro Geral de Núcleos Sindicais de Base do Sindiedutec, ocorrida na última semana, reafirmou o papel do sindicato como espaço de construção coletiva, prática democrática e aprendizado contínuo, possíveis apenas em ambientes plurais e respeitosos. O sindicalismo é, antes de tudo, um instrumento de defesa de direitos, mas também um espaço indispensável de formação política e de exercício efetivo da cidadania. No Encontro Nacional do Proifes, os delegados e observadores do Sindiedutec tiveram a oportunidade de ouvir o economista e presidente do IBGE, Márcio Pochmann, fazer uma análise de conjuntura nacional. E é a este autor que recorro quando penso num movimento sindical conectado aos dias de hoje. Pochmann, no livro “O sindicato tem futuro?”, disponível no sítio da Fundação Rosa Luxemburgo, sintetiza que o futuro do sindicalismo depende de sua relevância social, de ser capaz de dialogar com diferentes experiências e necessidades da categoria, sem perder seu caráter coletivo e democrático. O autor ressalta que o sindicato deve ir além da defesa reativa de direitos imediatos e assumir um papel político e social na construção da identidade coletiva dos trabalhadores, oferecendo sentido, pertencimento e esperança. Para isso, é necessário ampliar os espaços de participação, desenvolver formas inovadoras de organização e ação política e tornar-se também um instrumento de soberania popular, defendendo a autonomia dos trabalhadores frente às pressões do capital financeiro e aos ataques à soberania nacional. O Sindiedutec é um sindicato jovem, que agora entra em sua “adolescência” institucional. E, como todo organismo que amadurece, está definindo com clareza sua identidade: uma entidade comprometida com os direitos humanos, a inclusão, a valorização da diversidade e a promoção de uma educação pública de qualidade. Isso se expressa não apenas na defesa dos docentes e técnicos do Instituto Federal do Paraná (IFPR), mas também na representação dos docentes do Colégio Militar de Curitiba, devendo garantir que suas demandas e especificidades sejam igualmente defendidas no âmbito da nossa luta coletiva. Há desafios que devemos enfrentar. Ser o único sindicato estadual EBTT e TAE, com atuação distribuída por diferentes regiões e contextos socioculturais do Paraná traz desafios imensos. Cada localidade vive realidades distintas, em termos econômicos, políticos e sociais, que se refletem no cotidiano de trabalho e nas necessidades das categorias. Essa diversidade exige uma capacidade de escuta ampla e permanente, e a multiplicação dos Núcleos Sindicais de Base é a principal estratégia para garantir que todas as vozes tenham representação e influência nas decisões. Os Institutos Federais cumprem um papel central no projeto de um Brasil soberano: democratizar o acesso ao ensino técnico, tecnológico e superior; promover a inclusão social; e contribuir para o desenvolvimento regional. São instituições que trabalham não apenas na formação de alunos, mas como polos de transformação social e econômica em seus territórios. Porém, enfrentam hoje pressões de políticas neoliberais que tentam reduzir sua autonomia, fragilizar o financiamento público e desvalorizar os profissionais da educação. Defender a educação como espaços públicos, autônomos e comprometidos com a formação cidadã é também defender um projeto de país soberano. E, nesse sentido, a luta sindical vai além da pauta corporativa: trata-se de preservar e ampliar o alcance social da educação pública, manter viva sua capacidade de formar cidadãos críticos e conscientes, e garantir a dignidade e as condições de trabalho de quem a constrói diariamente. O Encontro NSB O I Encontro Geral dos Núcleos Sindicais de Base foi um espaço de interação, aprendizado e articulação. É verdade que houve limitações, sobretudo de tempo, o que encurtou conversas importantes, como no encerramento e na fala das parlamentares, quando não houve abertura para diálogo. Ainda assim, o encontro foi exitoso em promover a aproximação entre representantes de diferentes campi, possibilitando trocas ricas de experiências e realidades. A formação política esteve no centro das atividades, com destaque para a “Linha Preta” conduzida pelo Mestre Kandiero, que provocou reflexões sobre a história de Curitiba e do Brasil. Nos debates sobre Carreiras Docentes, com Marcelo Rosa (FASUBRA) e professor Romeu Bezerra (PROIFES), todos puderam se manifestar, ainda que com diferentes visões, com respeito. O momento da Assessoria Jurídica, por sua vez, foi um dos mais valiosos, cumprindo papel de esclarecimento e empoderamento da base. Vale citar a avaliação de uma participante no formulário disponibilizado: “… a apresentação da Assessoria Jurídica foi bastante importante para publicizar muitas questões das quais, muitas vezes, não temos muito conhecimento. Ao contrário do que um colega disse durante a atividade, não achei excessivo o juridiquês e penso, inclusive, que os membros da assessoria jurídica se fizeram bem claros nas explicações.” Esse retorno mostra que, mesmo com o conteúdo técnico, é possível dialogar com profundidade sem perder a clareza, reforçando o papel formativo do sindicato. A atuação jurídica de um sindicato de servidores públicos é fundamental para garantir a defesa técnica e estratégica dos direitos da categoria, especialmente diante das complexidades do direito administrativo e trabalhista. Essa assessoria jurídica não só orienta e esclarece os filiados, como também fortalece a luta coletiva ao assegurar respaldo legal nas negociações, em processos judiciais e na proteção contra eventuais abusos e retrocessos. O Encontro NSB serviu para estreitar a relação da base com a atuação jurídica, que se faz de forma responsável e firme. Olhar para frente Os avanços demonstrados nesse encontro precisam se traduzir em um movimento contínuo de interiorização do sindicato, garantindo que a representação e a participação sejam cada vez mais efetivas nas regiões mais distantes da capital, fortalecendo cada campus como núcleo de mobilização sindical. Ao mesmo tempo, é fundamental que o Sindiedutec esteja cada vez mais atuante nas discussões sobre o financiamento da educação pública, enfrentando as tentativas de asfixia orçamentária que afetam diretamente as condições de trabalho e a qualidade do ensino. Nossa atuação também precisa permanecer firme e politicamente ativa em lutas estruturantes, como a resistência à Reforma Administrativa, que busca desestruturar o serviço público e precarizar ainda mais as carreiras. Por isso, concluímos afirmando: o futuro do Sindiedutec, e do sindicalismo democrático que defendemos, está na combinação entre presença territorial ampla, participação ativa da base, formação política constante e mobilização corajosa frente aos desafios nacionais. É assim que construiremos um sindicato que não apenas

Seminário Nacional sobre a Reforma Administrativa encerra atividades com foco em unidade e mobilização

Na tarde do último sábado (16), foi encerrado o Seminário Nacional sobre a Reforma Administrativa, promovido pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). O evento reuniu, ao longo de sua programação, representantes de diversas categorias do funcionalismo público, em defesa dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores do setor. O plantão da diretoria da Fasubra Sindical esteve presente e destacou a relevância da unidade do movimento sindical como condição essencial para barrar os retrocessos já anunciados pelo governo sobre a reforma administrativa. A primeira mesa do dia trouxe reflexões sobre os ataques aos serviços públicos e às servidoras e servidores, a partir das propostas apresentadas pelo Grupo de Trabalho (GT) da reforma administrativa. O debate evidenciou as consequências diretas da medida para a sociedade, especialmente no acesso a políticas públicas de qualidade. No período da tarde, as discussões foram voltadas à construção de orientações diretivas, bem como à definição de um calendário de lutas e mobilizações. O objetivo é fortalecer a resistência em todo o país, ampliando a articulação entre entidades sindicais, movimentos sociais e a população em geral. O seminário foi marcado por análises críticas, troca de experiências e pelo compromisso coletivo de defender o serviço público, reafirmando que somente com organização e luta será possível enfrentar as ameaças à estrutura do Estado e aos direitos históricos da classe trabalhadora.

Artigo: A Reforma Administrativa e o papel do Estado Brasileiro

A disputa pelos rumos do país passa, necessariamente, por um debate sobre qual o papel do Estado brasileiro. No centro dessa discussão estão questões importantes como o tamanho, os custos e as atribuições do poder público. Essa polêmica voltou à pauta depois que o Congresso Nacional desenterrou a Proposta de Emenda Constitucional nº 32/2020 (PEC 32), editada durante o governo Bolsonaro, conhecida como a Reforma Administrativa. Sob o pretexto de modernizar, desburocratizar e cortar gastos, ela pretende acabar com o Regime Jurídico Único (RJU) e com concursos públicos, permitindo até cinco formas de contratação e pondo fim à estabilidade. Ficam de fora da PEC as chamadas carreiras típicas de Estado, atividades exclusivas do serviço público, como o Judiciário, as forças de segurança, o fisco e os militares. Também não serão afetados os atuais servidores vinculados ao RJU, ou seja, a mudança valerá apenas para quem ingressar no serviço público após a aprovação da proposta. Ataque ao serviço públicoSetores interessados no desmonte do serviço público já se manifestaram sobre o tema. Eles alegam que o Estado brasileiro está “inchado” e “caro”. Argumentam ainda que é necessário “modernizar” a administração pública, importando mantras da iniciativa privada como meritocracia e desburocratização. O que não é dito por este setor é que, por trás dessa retórica, está o sucateamento do serviço público. O RJU é uma conquista do povo brasileiro prevista na nossa Constituição Federal. Ele visa unificar as carreiras, evitando diversos vínculos e salários para o cumprimento da mesma função. A estabilidade, ponto central deste debate, também é imprescindível. Com ela, os servidores não precisam se curvar às vontades políticas do momento. Um exemplo marcante foi o caso das joias, avaliadas em R$ 16,5 milhões, que quase passaram ilegalmente pela alfândega do aeroporto de Guarulhos, em 2021. Na ocasião, nem mesmo a presença de um ministro conseguiu dissuadir os auditores de fazerem o seu trabalho com honestidade. Sem a estabilidade, dificilmente essa conduta isenta teria sido possível.É preciso deixar claro que a estabilidade não é um privilégio, mas sim uma proteção da autonomia e da legalidade na administração pública. A PEC 32 representa um passo perigoso na direção de um Estado cada vez mais controlado pelo Executivo, com menos estabilidade, maior vulnerabilidade à perseguição política. Salários mais baixos e Estado esvaziadoOutro ponto preocupante é a precarização do trabalho. A possibilidade de contratação de servidores em cargos temporários e a flexibilidade nos modelos de contratação têm também o claro objetivo de reduzir salários do funcionalismo. Isso também trará dificuldades para os proventos dos servidores que estão sob a égide do RJU, que estarão em um número cada vez menor, com menos força para reivindicar os seus direitos. Se hoje já é difícil conquistar um reajuste salarial para a nossa categoria, como será quando o governo tiver a possibilidade de contratar docentes com salários menores em vez de valorizar os servidores de carreira? Outra questão que merece a nossa atenção é a falácia de que o Estado brasileiro é inchado. De acordo com dados do CLP de 2021, apenas 12,45% dos trabalhadores do país atuam no setor público, quase metade da média da OCDE, que é de 23,48%.Esse percentual representa pouco mais da metade da média dos países da OCDE, que fica em 23,48%. Mesmo os EUA, normalmente citados como exemplo de gestão enxuta, têm 13,56%. A média salarial dos servidores também não é tão alta quanto se imagina. De acordo com o Censo dos Concursos, a média salarial do serviço público em 2024 foi de R$ 4.100,00. Além disso, a maioria destes trabalhadores está lotada nos municípios. Os salários astronômicos estão localizados no Judiciário, no Legislativo e no alto escalão das Forças Armadas, justamente os setores que ficaram de fora da PEC. O papel do Estado brasileiroA PEC 32, sob o pretexto de modernização, representa na verdade um enfraquecimento do serviço público e um risco à qualidade dos serviços prestados à população. Ao acabar com a estabilidade e permitir vínculos precários, a proposta favorece interesses políticos e compromete o atendimento em áreas essenciais como saúde, educação e assistência social. Em vez de desmontar e precarizar o serviço público, o Brasil precisa fortalecê-lo, com melhores condições de trabalho, valorização dos servidores e ampliação da presença do Estado para as pessoas que mais precisam. Por isso, a sociedade deve rejeitar a Reforma Administrativa e defender um Estado comprometido com os direitos da maioria e a construção de uma democracia mais justa e inclusiva. Geovana ReisPresidenta do Adufg-Sindicato e professora da Faculdade de Educação da UFG Humberto Carlos Ruggeri JúniorVice-Presidente do Adufg-Sindicato e Vice-diretor da Escola de Escola de Engenharia Civil e Ambiental da UFG

Confira os nomes que compõem as diretorias dos NSBs já constituídos

Confira abaixo os nomes que compõem as diretorias dos NSBs já constituídos: Assis Chateaubriand Presidência: Alexandre Roberto Valcarenghi Diretoria Administrativa e de Patrimônio: Luis Henrique Manosso Von Mechelen Diretoria de Comunicação: Liéberti Marcucci de Araujo Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: Suzane Conceição Pantolfi Tostes Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: Thais Valéria Fonseca de Oliveira Scane Colégio Militar Presidência: Juliano Luis Borges Diretoria Administrativa e de Patrimônio: Saymon Michel Sanches Diretoria de Comunicação: André Vivaldo Lima e Silva Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: Daniel Budant Canziani Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: Anderson Luiz Godinho Belem Colombo Presidência: Marco Antonio Benedetti Durigan Diretoria Administrativa e de Patrimônio: Alex de Oliveira Chaves Diretoria de Comunicação: Antonio Daudt Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: João Paulo Partala Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: Paulo Cesar Medeiros Curitiba Presidência: Carine Rossane Piassetta Xavier Diretoria Administrativa e de Patrimônio: Vago Diretoria de Comunicação: Nicolly Cristine Zoccoli Pereira Hartmann Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: Patricia de Souza Machado Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: Alex Neves Xevrand e Regina Celia de Castro Gomes Londrina Presidência: Juliane Apda Casagrande Diretoria Administrativa e de Patrimônio: Vago Diretoria de Comunicação: Theo Tanus Salvador Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: Paulo Daniel Beserra Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: Fernanda de Oliveira Martins Foz do Iguaçu Presidência: Celso Augusto de Oliveira C. da Silva Diretoria Administrativa e de Patrimônio: Jehanne Denizardo Schroder Diretoria de Comunicação: Lucas Roberto Perucci Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: Halisson Henrique do Couto Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: Otávio Luiz Kajevski Junior Palmas Presidência: Luiene da Silva Veloso Diretoria Administrativa e de Patrimônio: Frank Silvano Lagos Diretoria de Comunicação: Eloisa Elena Boca Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: Felipe de Araujo Carvalho Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: João Paulo Stadler Jacarezinho Presidência: Welk Ferreira Daniel Diretoria Administrativa e de Patrimônio: Luis Fabiano Barone Martins Diretoria de Comunicação: Murillo Garcia Gentil Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: Hoster Older Sanches Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: Vago Arapongas Presidência: Marcia Valéria Paixão Diretoria Administrativa e de Patrimônio: Silvana Barbosa da Silva Diretoria de Comunicação: Danielle Cappellazzo Soares de Souza Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: Luciano Rudnik Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: Thiago Orcelli Cel. Vivida Presidência: Silvio Marcos Santos Dias Diretoria Administrativa e de Patrimônio: Daniel Salesio Vandresen Diretoria de Comunicação: Vago Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: Vago Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: Vago Irati Presidência: Diego Dutra Zotini Diretoria Administrativa e de Patrimônio: José Felinto Barbosa Diretoria de Comunicação: Laynara dos Reis Santos Zotini Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: Sandra Cristina Vaz Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: Maikon Luiz Mirkoski Cascavel Presidência: Jose Roberto Carvalho Diretoria Administrativa e de Patrimônio: Lucas Vinicius Ruchel Diretoria de Comunicação: Tamires Roberta Damascena dos Santos Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: Vago Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: Maurício Marcelino de Lima União da Vitória Presidência: Gildasio de Cerqueira  Daltro Filho Diretoria Administrativa e de Patrimônio: Patrícia Baliski Diretoria de Comunicação: Lorena Izabel Lima Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: Pedro Rodrigues Sousa da Cruz Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: Andréa Daniele Muller Mariano Capanema Presidência: Samuel Jorge Carvalho Ximenes Diretoria Administrativa e de Patrimônio: Cleoci Schneider Diretoria de Comunicação: Danieli Regina Piotroski Bressan Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: Ivanir Gomes da Silva Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: Vago Pinhais Presidência: Maria do Amparo Cardoso Diretoria Administrativa e de Patrimônio: Jefferson Araujo Moraes Diretoria de Comunicação: Caroline Candido Veroneze Diretoria de Políticas Sociais, Culturais e Esportivas: Nereu Moreira dos Santos Filho Diretoria de Sindicalizados e Política Sindical: Jéssica Costa Campi sem representação de NSB: Astorga: Sem NSB Barracão: Sem NSB Campo Largo: Sem NSB Goioerê: Sem NSB Ivaiporã: Sem NSB Jaguariaíva: Sem NSB Paranaguá: Sem NSB Paranavaí: Sem NSB Pitanga: Sem NSB Quedas do Iguaçu: Sem NSB Telêmaco Borba: Sem NSB Umuarama: Sem NSB

GT Mulheres aprofunda debate sobre gênero e ensino no módulo 2 do Curso de feminismos na luta sindical

Refletir sobre a infância, questionar o currículo e repensar o papel da escola: esse foi o fio condutor do segundo módulo do curso promovido pelo GT Mulheres do Sindiedutec. A formação, voltada especialmente para servidoras do Instituto Federal do Paraná (IFPR), reuniu participantes de diferentes campi em um encontro online para discutir os cruzamentos entre feminismo, educação e práticas pedagógicas. Desta vez, os debates se concentraram em duas frentes: como crianças constroem suas visões sobre gênero e sexualidade, e quais são os desafios para integrar uma perspectiva feminista ao ensino na educação profissional e tecnológica. A pesquisadora Geisa Orlandini C. Garrido, com trajetória voltada às infâncias e à diversidade, conduziu reflexões sobre a escuta qualificada das crianças. Segundo ela, reconhecer o que as crianças percebem e expressam sobre gênero é essencial para construir uma escola ética, democrática e antidiscriminatória. Na sequência, Lisandra Nadal, diretora de assuntos da carreira TAE do Sindiedutec, compartilhou experiências sobre o enfrentamento das desigualdades de gênero dentro dos currículos escolares. Atuante em projetos de extensão e biblioterapia, Lisandra destacou como o currículo integrado pode (ou não) acolher pautas feministas, dependendo do envolvimento das educadoras e da abertura institucional. O curso Feminismos na luta sindical segue com novos encontros ao longo do ano, sendo um espaço de formação política e troca entre mulheres que atuam no serviço público e acreditam na transformação coletiva.

FASUBRA participa de audiência pública sobre reformas trabalhista, previdenciária e Lei das Terceirizações

A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados realizou, na tarde da última quinta-feira (14), audiência pública para debater as reformas trabalhista, previdenciária e a Lei das Terceirizações. O encontro ocorreu no plenário 12, a pedido da deputada Erika Kokay (PT-DF), e contou com a presença da FASUBRA Sindical, representada pelos membros do plantão da diretoria Sandro Pimentel, Abadia Calacia, Maria do Socorro e Felipe Melo. Durante a audiência, Erika Kokay criticou a falta de participação popular na elaboração das medidas, apontando impactos como redução de salários, retirada de direitos, precarização das condições de trabalho e enfraquecimento da previdência. A parlamentar destacou que a reforma trabalhista flexibilizou jornadas, permitiu parcelamento de férias, extinguiu a ultratividade de acordos coletivos e ampliou acordos individuais, enquanto a Lei das Terceirizações teria agravado a precarização e afetado concursos e regimes previdenciários no setor público.Sobre a reforma da Previdência, Kokay ressaltou o aumento da idade e do tempo mínimo de contribuição, prejudicando especialmente trabalhadores mais vulneráveis. Para o coordenador da direção nacional da FASUBRA, Sandro Pimentel, a audiência foi fundamental: “O objetivo de todas as entidades que representam a classe trabalhadora é pressionar o governo por meio de diversas mobilizações, visando a revogação das reformas previdenciária e trabalhista”, afirmou.

Atendimento jurídico do Sindiedutec está disponível com agendamento prévio

Os filiados e filiadas do Sindiedutec que quiserem orientação jurídica podem contar com atendimento especializado todas as quartas e quintas, das 13h30 às 17h, na sede do sindicato ou de forma remota. O serviço é oferecido em parceria com o escritório Passos, Lunard, Carvalho & Vieira. Para garantir o atendimento, é necessário agendar previamente pelo e-mail: rosana@sindiedutec.org.br. A orientação jurídica é um dos serviços oferecidos pelo sindicato como forma de apoiar a categoria em questões legais relacionadas ao trabalho e à vida funcional.

Conselho Permanente de Reconhecimento de Saberes e Competências inicia nova composição e agenda próximos passos

Na manhã desta quarta-feira (20) o PROIFES-Federação participou da primeira reunião de recomposição do Conselho Permanente para Reconhecimento de Saberes e Competências (CPRSC), constituído pela Portaria 430 de 13 de junho de 2025. O encontro, que foi conduzido pelo MEC, também teve como objetivo a definição de pontos centrais para o funcionamento e os próximos encaminhamentos do Conselho. As principais atribuições da CPRSC são estabelecer diretrizes para a concessão do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC); constituir e regulamentar o processo de habilitação de avaliadores; e analisar as minutas dos regulamentos específicos de cada instituição federal de ensino para a concessão do RSC. A professora Fernanda Almeida do Conselho Deliberativo do PROIFE, integra o CPRSC, como titular e o professor Romeu Bezerra, diretor de políticas educacionais do EBTT, como suplente. O coordenador do CPRSC, Claudio Alex, fez uma exposição detalhada sobre a dinâmica, o funcionamento e o fluxo de deliberações do órgão. A partir desse debate, foram definidos encaminhamentos importantes como a marcação de uma nova reunião, extraordinária, para o dia 11 de setembro e a apreciação das resoluções e alterações previamente enviadas aos membros. Por solicitação dos representantes do PROIFES, embora apenas os titulares tenham direito a voto, foi acordado que, neste momento inicial de definição de regramentos e regulamentos, os suplentes também poderão acompanhar e contribuir com as discussões. Durante a reunião, também foi destacada a necessidade de retomar regulamentação do RSC para os professores aposentados, fruto do acordo 07/2024 assinado pelo PROIFES-Federação que seguirá acompanhando de forma ativa as discussões e deliberações no âmbito do CPRSC, reafirmando seu compromisso com a valorização da carreira docente.

FASUBRA participa de seminário nacional sobre a Reforma Administrativa organizado pelo Fonasefe

Na tarde da última sexta-feira (15), o plantão da diretoria da FASUBRA Sindical marcou presença no Seminário Nacional sobre a Reforma Administrativa, promovido pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). O encontro ocorreu no auditório do Sindsep-DF, em Brasília, com participação híbrida reunindo servidoras e servidores das esferas federal, estadual e municipal. O evento acontece em um cenário de forte ameaça à estrutura do Estado e aos direitos das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público. No último semestre, a criação de um Grupo de Trabalho na Câmara dos Deputados reacendeu o debate sobre a proposta de Reforma Administrativa, considerada por diversas entidades como um risco grave à população brasileira, por apontar para o desmonte dos serviços públicos e a precarização das condições de trabalho no funcionalismo. A coordenadora-geral da FASUBRA, Ivanilda Reis, destacou a importância da mobilização e unidade entre as categorias para enfrentar as ameaças que partem tanto do Parlamento quanto do Executivo Federal. “Por isso, um evento como este é muito importante para a nossa categoria, que terá uma plenária nacional ainda neste mês”, afirmou. Durante o seminário, foram debatidos pontos apresentados como medidas de “modernização” do Estado, mas que, segundo as entidades, podem aprofundar o desmonte dos serviços prestados à população. Entre eles, estão o fim do regime próprio de previdência, mudanças nos critérios de demissão, ampliação de contratações temporárias, terceirizações, privatizações e uso ampliado de plataformas digitais para gestão de serviços — muitas vezes implementadas por medidas infralegais. A programação teve início com uma mesa de análise da conjuntura nacional e internacional. Na sequência, a Mesa 1 discutiu “Arcabouço Fiscal e as contrarreformas da Previdência: Escopo da destruição dos serviços públicos e dos direitos dos servidores federais, estaduais e municipais”. No período da tarde, a Mesa 2 abordou “Contrarreforma Administrativa: Transformação ou Desmonte do Estado?”, examinando os reais objetivos da proposta da reforma administrativa . O dia se encerrou com um debate sobre os ataques aos serviços públicos e aos servidores.